Os transtornos mentais adquiriram uma importância crescente na vida das pessoas e na prática da assistência à saúde. Sua incidência e prevalência são altas e seu impacto na qualidade de vida é muito importante. Muitas pessoas têm transtornos mentais crônicos, que levam a sofrimento significativo, e procuram repetidas vezes assistência médica, o diagnóstico mais preciso demora a ser feito e os médicos e demais profissionais de saúde não contribuem como poderiam para o alívio desse sofrimento. O diagnóstico e o tratamento dos transtornos mentais, devido a essa elevada prevalência, não pode ficar restrito aos psiquiatras, mas todos os médicos, em especial os de atuação mais geral (clínicos, pediatras, médicos de família e comunidade, geriatras, ginecologistas, por exemplo) devem ter uma formação que permita uma atuação competente nessa área.