1 – O que é depressão?
O que caracteriza a depressão é principalmente a sensação de perda do sentimento de felicidade. A pessoa deixa de sentir prazer em tudo que gostava, desaparece o prazer de se alimentar, a sexualidade fica anestesiada e não há mais crença no amor. A pessoa perde a criatividade, não consegue acompanhar um filme ou ler um livro que tanto apreciava. Acorda de manhã com a mente invadida por idéias negativas e catastróficas, quer permanecer na cama e a sensação de angústia se aprofunda. O futuro torna-se incerto e aterrorizador. Nada mais pode dar certo, e tudo se passa como se a própria alma houvesse partido. Há um sentimento persistente de medo do futuro, a mente só antecipa acontecimentos catastróficos e negativos.
2 – Quais os sintomas mais importantes da depressão?
Os sintomas mais freqüentes da depressão passam pela sensação de tristeza persistente e perda de prazer. Há uma perda de interesse nas atividades de rotina. Pode haver aumento ou perda de peso, insônia ou hipersônia. Há uma inquietação ou inibição motora e diminuição da velocidade dos pensamentos. A sensação de fadiga é freqüente, a pessoa não consegue se concentrar e torna-se indecisa. Os pensamentos são invadidos por conteúdo de inferioridade e culpa, em um estado contínuo de ruminação depressiva. O vazio e a desesperança invadem o cotidiano, com a presença constante de ansiedade. Mesmo formas suaves da crise podem se tornar devastadoras para o paciente. Esta sensação de angústia e dor pode tornar a vida desagradável e sem sentido. Para o clínico caracterizar como problema relevante, é preciso elucidar que houve mudança qualitativa importante na vida da pessoa. A crise deve ser persistente por pelo menos de duas a quatro semanas. O diagnóstico da depressão deve, portanto, ser baseado no nível de gravidade dos sintomas, na persistência dos mesmos, e do impacto destes sintomas no prejuízo do funcionamento cognitivo e social.
“A tristeza não é o único sinal de depressão. Angústia, fadiga e até falta de concentração podem indicar que algo está errado.”
Dr. Jair Mari